No papel de laranjão-mor do pomar, Bolsonaro é imbatível. Dia sim, e no outro também, ele arruma alguma confusão, bate o bumbo contra inimigos imaginários, briga com seu próprio partido, roda a baiana, faz cara feia e, assim, vai distraindo a platéia que ainda grita “Mito!”. Ninguém poderá negar que ele está cumprindo à risca sua missão de entregar o país, na senda aberta pela Lava Jato, seguindo disciplinadamente o cronograma golpista de 2016.Pode parecer coisa de maluco, mas quem bancou sua candidatura está muito satisfeito e não rasga dinheiro. Só no primeiro semestre, os grandes bancos tiveram um lucro de R$ 60 bilhões. Enquanto isso, o banqueiro e especulador Paulo Guedes, chamado de Posto Ipiranga, o dono do cofre, coloca tudo à venda e promove o maior saque já visto no mundo ocidental.Das reservas do pré-sal da Petrobras a prédios públicos, tudo agora vai a leilão, até não sobrar nem o sofá na sala e ser derrubada a última “porra da árvore” na Amazônia sobre o corpo do